Pensar a emancipação pelo religioso: feminismos islâmicos

, par  ALI Zahra, Contretemps

Há hoje esta ideia, esta evidência para o senso comum, nomeadamente em França, que toda a luta e qualquer compromisso para a emancipação passaria necessariamente por um distanciamento do religioso, uma desacralização das « normas religiosas ». A secularização significaria menos de religioso para mais de « não se sabe » exactamente… mas menos é religioso, mais se parece próximo de um projecto de emancipação, dirigido por uma « modernização » que deveria colocar a Razão acima de tudo.

O islão aparece hoje como a religião a mais distante da ideia de emancipação das mulheres, ou da simples emancipação na medida em que:

 de um lado: o islão seria a religião patriarcal por excelência: para muitos existe uma « opressão patriarcal musulmana » que sera específica;
 por outro lado: o islão seria uma religião totalizante – de facto, muitos querem dizer « totalitária » - isto é que o quadro religioso musulmano seria un quadro que não distinguiria os espaços do religioso e do político e que imporia a todo o musulmano de privilegiar as « Leis de Deus » (ash-shari’a) às « Leis dos homens ». Haveria então antinomia entre secularização e islão.

Penser l’émancipation par le religieux : des féminismes islamiques

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