O Fórum Social das Migrações (FSMM) está em andamento para o México, entre 2 e 4 de novembro de 2018. O fórum se articula com um processo mais amplo de mobilizações:
- A Caravana Migrante, saindo da Tunísia, atravessou a Itália e a Frância, em articulação com a Caravana da América Central por mães de Mesoamérica.
- A dinâmica Juntos/as por Outro Pacto Global (em setembro de 2018, com ações em cidades-santuários) tendo como alvo o Pacto Global sobre Migração e Refugiados, organizado segundo os princípios da ONU a partir de 2015 e com uma importante reunião multilateral em Nova Iorque, em dezembro de 2018. Muitas redes da sociedade civil têm colocado um debate e levantado posições críticas no que diz ao respeito desses princípios.
- A Cúpula de Caravanas Migrantes e de Mães de migrantes desaparecidos terá lugar entre 2 e 4 de novembro de 2018 dentro do contexto do Fórum Social Mundial de Migrações.
- A caminhada para a fronteira mexicana-estadunidense Stop the Wall (em 9 de novembro de 2018).
- A Jornada Mundial da Mobilidade Global (a definir durante a semana entre 10 e 18 de dezembro de 2018, entre o dia global dos direitos humanos e o dia global dos migrantes).
- A reunião do Conselho internacional do Fórum Social Mundial (em 5 e 6 de novembro de 2018 - a confirmar), no contexto do 50o aniversário do massacre de Tlatelolco.
Estas mobilizações constituem atividades ou processos que estarão presentes no Fórum Social Mundial das Migrações no México, em solidariedade com outros processos nacionais ou regionais (por exemplo, os Estados generais das migrações ou o Tribunal permanente dos povos sobre a violação dos direitos dos/as migrantes na Europa).
Eixos temáticos
Por enquanto, sete eixos temáticos têm sido definidos pelo Comité Internacional do FSMM e o Comité Nacional de Facilitação no México e seus diferentes grupos de trabalho.
- Direitos humanos, trabalhistas e sindicais, inclusão social, hospitalidade e mobilidade.
- Realidades das fronteiras, muros e outras barreiras
- Resistências, atores, movimentos e ações coletivas
- A crise sistémica do capitalismo e suas consequências para a migração
- Migração, género e corpo
- Migração, os direitos da Mãe Natureza, a mudança climática e as disputas Norte – Sul
- População de migrantes organizados e diásporas como atores de mudança.
O Fórum retoma as diretivas promovidas nos anteriores Fóruns Sociais das Migrações, a Conferência Mundial por um Mundo sem Muros e uma Cidadania Universal (Bolívia, junho de 2017) e as propostas do Vaticano sobre migração e refúgio.
Ainda, várias articulações se têm estabelecido entre os atores que têm acompanhando a Declaração de Nova Iorque a partir de 19 de setembro de 2016 (igrejas protestantes da Ásia Pacifico, rede global de expertos, académicos e defensores dos direitos humanos).
Participar
O Fórum Social Mundial das Migrações sustenta uma visão da migração baseada no respeito, na igualdade, no reconhecimento e na valoração das diferenças, em repúdio a um olhar fundado na detecção, na deportação, na detenção, no deslocamento e na denegação das migrações. O Fórum apresenta um processo horizontal, descentralizado e na autogestão.
Dentro de pouco tempo, vamos te convidar a comunicar tuas atividades e registrar tuas propostas para o Fórum Social Mundial das Migrações do México.
Para seguir-nos e contactar-nos nas redes: www.fsmm2018.org Facebook @FSMM2018 Twitter @FSMM2018
Migrar, resistir, construir, transformar
Migremos todos-as, migremos o sistema o sistema