Justiça Indivisível: Por que aqueles que apoiam a Palestina devem estar ao lado de outras comunidades oprimidas.

, par  Agence Média Palestine, Middle East Eye, Nadia Elia

No mês passado, um projeto de lei, inicialmente proposto no Congresso estado-unidense por líderes democratas para condenar o anti-semitismo, foi significativamente alterado em questão de horas após intensa atividade de revisão que o denunciou como inadequado.

Este projeto de lei foi elaborado com a intenção de silenciar a congressista de Minnesota Ilhan Omar, que foi atacada por denunciar a influência invasiva do Comitê Americano de Assuntos Públicos Israelenses (AIPAC) sobre a política dos EUA, e por falar em apoio à justiça para os palestinos.

Os organizadores populares anti-racistas rapidamente detectaram a islamofobia extrema e o racismo por trás dos ataques a Omar - cuja defesa de outras comunidades marginalizadas não trouxe qualquer ira "progressista" sobre ela - e ficaram indignados com o texto de um projeto de lei que denunciou o anti-semitismo, mas não a corrente anti-negra, anti-muçulmana, anti-árabe e anti-imigrante que também se espalhou por toda a nação.

Insistiram, com razão, que nada do que Omar disse ou escreveu se aproxima sequer do anti-semitismo. Os ataques contra ela vêm de outro impulso, mais preocupado em encerrar as críticas a Israel do que em proteger os judeus.

Isso decorre pois o Partido Democrata em geral, com pouquíssimas exceções, bem como uma grande porcentagem de liberais, está afligido com o PEP. Eles são progressistas exceto em relação à Palestina.

A necessidade de se denunciar e se opor a todas as formas de racismo, sexismo, xenofobia, classismo deve entretanto informar também o ativismo dos POOPs (Progressivo apenas em relação à Palestina), que precisam entender que a Palestina não é uma exceção, e que ligá-la a outras lutas não é uma diluição, mas um engajamento crítico.

As lutas interseccionais e a solidariedade dependem do entendimento de que estamos enredados numa rede global, que a justiça é indivisível, e que se não nos mantivermos juntos através das fronteiras arbitrárias do Estado-nação, religião, etnia e sexualidade, então somos parte do problema.

Ver online : Middle East Eye

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