A situação atual parece desesperadora. A ofensiva das direitas e das extremas direitas ocupa o espaço e as mentes.
Ela se exibe nos meios de comunicação e pretende expressar a direitização das sociedades. Contudo, o jogo ainda está
sendo jogado. As sociedades resistem e as contradições estão atuando; são elas que determinam o futuro.

Do ponto de vista estratégico, é importante superar a atual superioridade hegemônica do sistema financeiro sobre o sistema econômico e militar. A urgência para a esquerda é afastar o perigo de uma terceira guerra descentralizada e movel, que poderia tomar a forma de guerra em três campos em razão do surgimento do fato religioso. É igualmente importante abrir aos povos a possibilidade de uma solidariedade internacionalista baseada no direito internacional e na defesa dos direitos humanos.

O impeachment de Dilma Roussef da presidência da República do Brasil representa, para maioria dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil do país, uma ferida profunda para o regime democrático, em vigor desde 1985: um verdadeiro golpe, denunciado incansavelmente no mundo (...)

Os economistas de todo o mundo têm lutado para entender algo que julgam difícil de explicar. Por que os preços do mercado de ações continuam subindo apesar do fato de que algo chamado crescimento parece estar estagnado? Na teoria econômica convencional, não deveria acontecer desta forma. Se (...)

A fim de combater a migração irregular, a chamada "Fortaleza Europa" tem recorrido a controlos fronteiriços mais rigorosos e aumentado a militarização do mar Mediterrâneo. Tais medidas não resultam na diminuição do número de migrantes que chegam à Europa, mas sim em impostos mais elevados, em (...)

Aitec e Attac França obtiveram a versão do capítulo Energia e matérias primas que será proposta aos negociadores americanos por ocasião do 14º ciclo de negociação que começa hoje em Bruxelas.
O texto, comentado numa nota de análise disponível aqui confirma os nossos temores: o TAFTA privará (...)

Um projeto alternativo não cai do céu. Não basta querê-lo, mesmo que a urgência justifique a precipitação. Um projeto se inscreve no tempo histórico, que combina o longo prazo e as rupturas, entre a maturação demorada das ideias e a aceleração dos períodos revolucionários.
Atravessamos um (...)

O mundo hoje enfrenta crises em quase todas as frentes, e qualquer avaliação das políticas externas dos candidatos à presidência em 2016 dos dois principais partidos devem levar em conta o quão adequadamente eles respondem a essas crises.
Tanto as políticas externas de Donald Trump, quanto (...)

Nas últimas semanas, o Brasil afunda-se na mais impressionante crise política verificada nas últimas décadas. Acusado de corrupção, o governo sofre uma queda da sua popularidade alcançando níveis alarmantes. Juízes politicamente orientados, uma imprensa empenhada em derrubar o governo, líderes (...)

Este estudo foi escrito para a revista Contretemps (Cadernos da emancipação) pelo professor Poe Yu-ze Wan, da universidade nacional Sun Yat-sen, em Taiwan. Oferece um análise crítico da atual democracia liberal taiwanêsa e estima o impacto sobre a ilha, do “factor China”, a saber, a influência (...)

Entre a viragem de Israel para a direita e o ressurgimento de grupos armados nos territórios palestinianos, os recentes acontecimentos horríveis põem em evidência os perigos da inação diplomática.

Precisamos de voltar a colocar o mundo no bom caminho! O objetivo da cimeira sobre os ODS, a realizar na Assembleia Geral da ONU em setembro, em Nova Iorque, é muito claro. A meio do caminho para 2030, data limite para a realização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, o futuro parece bastante sombrio.

O projeto chinês One Belt, One Road (OBOR) procura desenvolver redes de cooperação, comércio e infra-estruturas entre a Ásia, África e Europa através da criação de um Cinturão Económico da Rota da Seda e de uma Rota Marítima da Seda.

Embora muitos governos e empresas tenham aparentemente saudado a política pelas suas oportunidades, uma das áreas onde as preocupações significativas precisam ser levantadas diz respeito ao impacto ambiental de tal projeto.

Baseado na leitura do livro de Kyle Harper sobre a queda do Império Romano Ocidental, o texto oferece reflexões livres nestes tempos incertos.

A reflexão se concentra na perda de resiliência e na queda do Império Americano, bem como na mudança do centro do mundo e na ascensão da Ásia. Isto coloca a superação do capitalismo no horizonte, o que também nos leva a revisitar a compreensão das transições entre civilizações e a resistir ao colapso como uma passagem para o surgimento de novas civilizações.